Já perdi a fé nas pessoas

Este post é especial. Primeiramente, porque comecei a escrevê-lo na quinta-feira à noite e finalizando, dando uma relida, reeditada e tudo mais pra ficar do jeito que precisava ficar e só publicando agora. Segundo, porque é engraçado como de tempos em tempos eu recebo um comentário de alguém no meu post Acho que perdi a fé nas pessoas e percebi que não estamos sozinhos nesta.
Alguns comentários foram animadores e outros pessimistas. Ambos me deram vontade de pular pra dentro do computador e abraçar essas pessoas que passaram ou estão passando pelo que eu passei e, às vezes, ainda passo (infelizmente).
É difícil perder a fé nas pessoas, pois nós (ou pelo menos eu) damos muitas chances das pessoas se redimirem, o que normalmente não acontece (deprimente). Depois de um tempo a gente não sabe se desiste da pessoa ou deixa assim mesmo como está.
Depois de muitos altos e baixos, estou aprendendo a dar mais valor a mim, a pessoa mais importante na minha vida (claro, sem mim eu não conseguiria viver, comer, beber, etc.). Claro, que finalmente encontrei minha alma gêmea (assim gosto de pensar!) que me dá todo o apoio que preciso. E como consegui isso?
Por incrível que pareça, quando eu perdi todas as esperanças, quando não acreditava em mais ninguém (muito menos em mim!), veio Deus e me mostrou a luz. Mostrou-me que eu não estava sozinha, que Ele estava sempre comigo ao meu lado, mas que, às vezes, Ele se sentia abandonado por mim (assim como eu me sentia com relação a Ele e o mais incrível é que Ele nunca nos abandona, mas nós muitas vezes O deixamos de lado). Foi quando voltei a frequentar a Igreja Católica, voltei ao grupo de jovens e tals (não virei nenhuma beata ou santa, mas eu faço o que posso pra ter um bom relacionamento com meu pai celestial).
Neste tempo, tentei dedicar a minha vida ao grupo. Foram 3 anos que mudaram a minha vida (encontrei meu noivo lá! Eeeeeebaaaaa!). Este ano eu poderia continuar, mas decidi me afastar um pouco (não totalmente) para dar espaço a outros projetos da minha vida, mas sem esquecer a cada dia do mais importante ter fé em Deus, porque Ele sabe o que está em meu coração, Ele sabe do que eu preciso, Ele é minha fortaleza e meu porto-seguro. Quando preciso de sabedoria pra lidar com alguma coisa, eu simplesmente rezo. E, por mais incrível e meio que coisa de filme ou de outro mundo, meu noivo é exatamente como eu rezei pedindo à Deus um companheiro.
Não me importo mais se meus amigos não são como eu gostaria que fossem. Pois eu queria encontrá-los mais, nem que seja pra apenas tomar um suco ou se encontrar aqui em casa, em programas mais baratos, porque a vida não está fácil pra ninguém, mas eu queria ter mais contato fisicamente com eles. Mas que culpa tenho eu, se nunca dá certo quando eu tento marcar algo com eles? Que culpa tenho eu? E olha que eu insisto, insisto, até que eu desisto, porque chega uma hora que cansa.
Com isso, aprendi a dar mais valor a minha família, porque ela é minha única amiga de verdade. Ela sempre está, quando eu mais preciso. Quando preciso de um conselho, quando preciso de um puxão de orelha, quando preciso de um ombro amigo pra chorar e desabafar. Depois que eu parei de ver minha família como vilã (porque, às vezes, a gente vê pai e mãe assim, como vilões que só querem nos sabotar, bem tipinho adolescente), minha vida mudou completamente.
Claro que a sua família não é como a minha, pode ter muito mais conflitos, até mesmo um conflito do passado dos seus pais que reflete na vida deles, atualmente, no relacionamento com você. Mas, daí, cabe a você tentar descobrir o que é para entender o que vocês estão passando. Por exemplo: o meu pai era um carrasco. Eu tinha muito medo dele e ainda tenho um certo receio, prefiro conversar e falar com minha mãe sobre as coisas da vida e tals. Mas, hoje em dia, eu sei que ele mudou bastante. E não faz muito tempo, eu entendi um pouco mais o meu pai. E foi numa palestra, que eu mesma convidei meus pais a darem, sobre Pais e Filhos, no retiro do grupo de jovens, que eu descobri que ele aprendeu a perdoar as atitudes do pai dele (meu avô, que morreu antes do meu pai conhecer minha mãe e consequentemente eu não o conheci) para com ele e as mãe e irmã mais velha dele (no caso minhas avó e tia) quando ele era criança. Só depois de muitos anos, meu pai o compreendeu e o perdoou. E deu pra perceber uma melhora nele, ele ficou um pouco mais compreensivo e mais calmo.
Melhorou nosso relacionamento? É... Um pouco! Tanto é que no ano passado minha mãe viajou por um mês e não nos matamos, hahahahaha. Brincadeirinha! Mas eu também aprendi a reconhecer meu pai como um ser humano que erra. E quem é eu pra não perdoá-lo pelos seus erros? Afinal, ele sempre tentou ser um pai melhor do que o dele foi (apesar dos pesares).
Talvez, antes mesmo de procurarmos bons amigos, devemos primeiramente melhorar nosso relacionamento com nossa família, pra depois melhorarmos nosso relacionamento com nossa segunda família que são os amigos. Porque amigos vem e vão, mas família é única e é pra sempre.
E aí? Que tal aproveitar que é o ano da família (pra Igreja Católica) e melhorar seu relacionamento com seus pais, seus irmãos, seus avós...?

Espero, com este post, ajudar algumas pessoas ou muitas (aquela bem humilde!) a passar por esta fase difícil de quando se perde a fé nas pessoas.

See you.

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